segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quando a gente muda


A vida não para. A gente não para. Um segundo. Por nada. Por mais que a gente tente ficar paradinho, deitado quietinho na cama, sem mexer um músculo sequer, a gente mexe. Respira, o coração não para de bater. E nisso, a gente muda.
Muda a forma de se vestir, o jeito de falar, andar, de tratar as pessoas. Chamo isso de amadurecimento! A vontade de mudar o cabelo, as roupas, os acessórios e a maquiagem. Muda a cor de esmalte que a gente usa. Do renda, vamos ao vermelho. Do vermelho, ao pink, cinza, menta, matte..
Um ano novo dá vontade de reescrever a vida toda. Ou de começar uma nova história. Um trabalho novo, com novos obstáculos e novo dress-code faz a gente mudar todo o guarda-roupa, a forma de pensar, as estratégias, a cara de pau. Dá vontade de ser gente grande, ter responsabilidade, vida regrada, usar batom vermelho e sapato alto - assim como quando pegávamos os sapatos e a maquiagem da mãe. Só que agora a numeração é a mesma e o batom não fica borrado..
Já ouvi falar que: "Mudanças internas só são grandes o bastante quando refletem no exterior." É, acho que é assim mesmo, mas também acho que as mudanças externas também só são grandes quando refletem no nosso interior! Assim ja falava meu escritor preferido, consagrado Carlos Drummond de Andrade: "Uma mulher quando muda radicalmente a cor do seus cabelos, significa que quer mudar radicalmente a sua vida também!" E nisso eu acredito. Sempre fui intensa demais, cada dia queria viver algo diferente e meu cabelo? Me acompanhava! Um dia eu era loira, outro dia eu era morena. Assim, simples. Como um camaleão! Quando estacionei - talvez por ter me encontrado ou apenas por ter cansado de vagar por ai, apenas vivendo o hoje, não mais que isso - deixei de lado o descolorante ou a caixinha de wellaton! Depois de mais de um ano, resolvi mudar denovo, mas a vontade era apenas de mudar a cor do cabelo. Fiquei em duvida 30 dias até me decidir, e mesmo no salão ainda não tinha certeza.. Mas como sempre, hajo por impulso, acabei por fazer. Loira por 24h, não mais que isso. Na primeira noite nem consegui durmir e logo demanha, não conseguia sequer me olhar no espelho. Pode parecer besteira, mas é muito relativo! Mudei a cor, mas não mudei a vida! Não foi uma mudança completa, então, não parecia eu; Parecia uma estranha! Passei a tinta por cima e voltei ao meu moreno. Agora sim, era eu do outro lado do espelho! A Bárbara de agora. Isso pode parecer bobagem pra muitos, mas pra mim foi um sinal. A mudança sempre traz algo implícito! E eu entendi - e mais que isso - vi que não era hora, nem lugar pra mudar. Que mesmo tendo que concertar algumas coisas, não preciso de mudanças!


... Não agora!

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